História
Goiás Celso Chaves de Amorim é sempre lembrado como um dos mais
respeitados criadores de Goiás e até do Brasil. Mas sua história
com o melhoramento genético de zebuínos começou há muito tempo
atrás. Ele herdou da mãe a paixão pela seleção de gado Puro de
Origem. Dona Celsa, sua mãe, participou da inauguração do Parque
de Exposições Agropecuárias Pedro Ludovico Teixeira, Goiânia,
Goiás, no ano de 1945 e na II ExpoGoiás. Ela foi a primeira mulher
a puxar em pista o gado do pai, João Alves Amorim, zebueiro de
Morrinhos. “Meu avô participou da criação da Sociedade Rural do
Triângulo Mineiro, que depois se tornou Associação Brasileira dos
Criadores de Zebu, ABCZ”, explica. O criador é casado com Geni
Praxedes Chaves, filha dos pecuaristas Afonso Praxedes e Leonora
Zani, das regiões de Fazenda Nova, Córrego do Ouro e Novo Brasil.
Hoje os trabalhos de sua fazenda, a Cachoeira do Taquaral, já
estão na 4ª geração. Para Goiás Celso o sucesso vem do trabalho em
família. Ele conta com a ajuda dos filhos Paulo Afonso e Lucas
para cuidar das fazendas onde fazem a seleção de Nelore e Tabapuã.
“Estamos caminhando a passos largos com as tecnologias de FIV e
IATF utilizados na fazenda. Isso permite um ganho genético
esplendido. A utilização da F.I.V. nos dá a possibilidade de ter
um grande número de filhos de nossas matrizes que se destacam nas
pistas do Brasil”, conta o filho.
Eles adquiriram as primeiras matrizes Tabapuã, para o iniciou da
seleção P.O. da raça, dos criadores José Torquato e seu filho
Eugênio Jardim, que há mais de vinte anos já selecionavam seus
rebanhos Puro de Origem. Em seguida, adquiriu matrizes e sêmen dos
principais raçadores da Fazenda Onda Verde, de Nelinho Guimarães.
“Tive sorte de iniciar com um rebanho bastante consistente e pude
dar um verdadeiro salto na qualidade genética da fazenda nos
últimos anos. Isso tudo devido também à implantação da inseminação
artificial com os touros campeões nacionais, à transferência de
embriões e à fertilização in vitro”, afirma Goiás Celso. “Nossa
seleção é focada em resultados. Matrizes férteis e dóceis, que
produzem um bezerro por ano, desmamam animais pesados e permanecem
no rebanho. As que não atingem esses índices são descartadas. Não
temos preconceitos, usamos genética de todo o Brasil. Mesclamos as
linhagens formando um plantel robusto e bem caracterizado”,
reforça. Goiás Celso explica que a escolha pelo Tabapuã surgiu
pela necessidade que criadores tinham em adquirir um gado mocho,
dócil e de bom ganho de peso.